quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Devo-lhe a felicidade da minha vida!!!!


Quando, em novembro de 1928 fui procurar pela primeira vez o Padre Pio, não possuia a fé. Descendente de uma familia protestante, violentamente anti-romana, fizeram-me católico por razões de conveniência social. Os dogmas deixavam-me indiferente; delirava, porém, com as ciências ocultas. Um amigo iniciara-me no espiritismo. Pareceram-me pouco concluentes as mensagens de além-túmulo. Lancei-me então na magia, depois na teosofia e passei o meu tempo lendo só livros sobre este assunto. Tinha a biblioteca cheia, a transbordar! Para não desagradar a minha esposa, de tempos a tempos aproximava-me dos sacramentos, mas sem convicção.
Um belo dia, ouvi falar de um capuchinho estigmatizado, que operava milagres, segundo contavam. Cheio de curiosidade, pensando todavia também em minha mulher, gravemente enferma e em vésperas de uma cirurgia que a privaria para sempre do sonho da maternidade, decidi tentar a sorte, e dirigi-me a San Giovanni Rotondo. É inutil revelar-lhe a minha desconfiança, tanto mais tratando-se de fatos, acontecidos no seio da Igraja Católica, recepatáculo de supertições, segundo minha opinião.
Fiquei frio no primeiro contato com Padre Pio. Dirigiu-me algumas palavras, que me pareceram muito secas. Esperava acolhimento mais afetuoso depois de tão longa e penosa viagem. Enfim, decidi confessar-me, mesmo a contra gosto.
Mal me ajoelhei, logo o Padre Pio me declarou que nas minhas confissões precedentes ocultara pecados graves, e perguntou-me se eu ali estava de boa fé. respondi-lhe considerar eu a confissão uma boa instituição social, mas não acreditar no carater sobrenatural do sacramento. O Padre Pio calou-se um instante. Depois, com expressão de dor indivizível, exclamou: "Isso é heresia. Todas as suas confissões tem sido sacrílegas. É necessário que faça uma confissão geral. Faça um bom exemplo de consciência, lembre-se de quando se confessou bem pela última vez. Jesus tem sido mais misericordioso consigo do que com Judas" Olhou-me com a r sereno e disse em voz alta: "Jesus e Maria sejam louvados!". E foi para a Igreja confessar as mulheres.
Fiquei na sacristia, sinceramente impressionado. Não me saíam dos ouvidos as palavras do padre: Lembre-se de quando se confessou bem, pela última vez... . É certo que, ao tornar-me católico, fui batizado "sob condição", e o batismo apagou todos os pecados da minha vida passada; é certo ter eu feito pouco depois uma boa confissão; para minha tranquilidade, decidi confessar-me de todos os meus pecados, desde a inha infância.
Tinha a cabeça em água, quando o Padre Pio entrou na sacristia: "Vamos lá, quando é que se confessou bem pela ultima vez?"
Comecei a balbuciar alguma coisa, mas cortou-me a palavra: "Confessou-se bem de regresso da sua viagem de núpcias. Deixemos o resto e comecemos a partir deste momento".
Estava pasmado. Mas o Padre Pio não me deixou tempo para refletir. Em voz alta, sob forma de perguntas precisas, começou a enumerar todos os meus pecados, acumulados há tantos anos. Chegou a dizer-me o número exato das missas a que faltara! Depois de recapitular todos os pecados mortais, o Padre fez-me não esquecer a extrema gravidade dessas faltas: "O sr. cantava louvores de Satanás, enquanto Jesus se esforçava por salvá-lo, no seu amor infinitamente carinhoso".
Depois da absolvição, senti-me tão feliz e leve que até parecia ter asas. Ao entrar na aldeia com os outros peregrinos, comportei-me como criança doida de alegria. Humanamente falando, não há explicação para o que me aconteceu. Padre Pio via-me pela primeira vez. Durante a confissão lembrou-me certos fatos, por mim totalmente esquecidos. Estava ciente dos mais pequenos pormenores e punha-os bem em relevo, quando exigia a matéria da confissão. Nem sequer poderia alegar-se a transmissão do pensamento, pois decidira confessar-me de toda a vida passada, desde a infância.
Naturlamente, depois da confissão, o primeiro cuidado foi trazer minha esposa doente para o Padre Pio.
Voltamos para Bolonha cheios de alegria e de esperança. Efetivamente, desde aquele momento as hemorragias e todos os sintomas da doença tinham desaparecido sem deixar o menor vestigio. Quando, dois anos depois, procuramos novamente o Padrte Pio, este anunciou-nos que receberíamos um filho. Na verdade, um ano depois, tinhamos um bebê cujo nascimento foi tranquilo em relação dos terriveis prognósticos dos médicos. Estavamos loucos de felicidade!
Sr. Abresch


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