O Padre Pio sabe falar aos intelectuais; os filósofos modernos não lhe metem medo! Num monge, tão humilde, eis um aspecto pouco banal. Muitas vezes no confessionário afronta objeções, tira obstáculos, liquida controvérsias. Os seus carismas não são contrários à inteligência. Longe de ser feudo de devotos, como queriam fazer-nos acreditar, São Giovanni Rotondo vê afluir de todos os lados, universitários, artistas, escritores, filósofos, intelectuais, ávidos de conhecerem as coisas da fé. Um deles, Feruccio Caponetti, materialista militante, distintíssimo, escreveu: "No monte Gargano encontrei um Mestre. Acolheu-me com alegria, escutou com um sorriso as minhas dúvidas e dificuldades; depois, em palavras muito simples, mas orientadas por insondável profundidade de pensamento, demoliu uma a uma todas as objeções que me formigavam a cabeça , eliminou um a um todos os meus argumentos, pôs-me a alma bem nua, e, mostrando-me os ensinamentos do Senhor, abriu-me os olhos do espírito. Vi a luz. Tocou-me o coração, e pude dizer: EU CREIO". Estas poucas linhas, cheias de emoção, mostram maravilhosamente a passagem para a luz no drama do descrente. O Padre Pio não evita as dificuldades com habilidades carismáticas. Se, por fim, faz entender ao intelectual revoltado que lê na sua consciência, é com admirável paciência e extrema cortesia que examina de frente os pobres obstáculos que lhe bloqueiam a inteligência. Se não fosse assim, seria ele recebido, como é, nos meios intelectuais? Foi a um universitário, contudo, que disse um dia: "Nos livros procuramos Deus. Na oração encontramo-lo".
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
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